segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

13º Dia 1º Ciclo

Bom dia pessoal.

Hoje dormi muito mal, acordei varias veses, pela manha entrei em desespeso ("QUERO IR PRA CASA!!!!"). Parece que enquanto fica mais perto de sair mais dificil fica, e aquelas desculpas que usamos o meu cerebro ja não aceita mais.

"Calma o pior ja passou, ja esta quase em casa"
"So falta um medicamento"
"O pior ja passou"
"Imagine se fosse o primeiro dia"

Essas todas e tenho tentado mas não está funcioanndo. se alguem tiver alguma sugestão eu aceito.

Hoje foi enviado amostra do meu sangue para fortaleza para medir o nivel de toxidade dele. esse nivel é um dos parametros que podem me libertar, se ate quarta ele nao estiver toxixo ai poderei sair,

Mais tarde tem exame de sangue para avalliar minhas defesas, com certeza ja estaram baixas. mas ja estou tomando remedios para recuperar elas.


Atualização 15:39

Enquanto internado aqui estou
vivendo dia apos dia estou
sonhando em ir para casa
e sorrir de minha sobrinha e sua graça

Viu.... já estou ficando louco....



Atualização 17:39

Pessoal os resultados do meu hemograma chegou..

Minhas defesas D E S P E N C A RA M.
Leucocitos está em 300 enquanto o normal é a partir de 4000.
Neutrofilos está em 15 o normal é a partir de 1000 (esse ta foda)

Já estou tentando entrar em contato com DRª Bianca para solicitar o meu Granulokine.
essa droga é para ajudar a restabelecer as imunidades.


Vou nessa pessoal. Um abraço a todos e obrigado pelo apoio.

domingo, 30 de janeiro de 2011

12º Dia 1º Ciclo

Boa tarde pessoal

Hoje, amanha e depois não vai mais ter quimioterapico, apenas uns medicamentos para reduzir efeitos do jack bauer.

Pela manha eu tive ideia fixa em ir embora, quando isso acontece eu me chateio. imaginem ai. hoje é o 12º dia do ciclo e 13º dia de internação, minha sensação as veses é que as paredes estão cada vez mais proximas e me espremendo cada vez mais. Não é facil não. Mas com a ajuda que venho recebendo, o apoio, os comentarios carinhosos, as orações, os telefonemas , esses ultimos dias vão passar rapido e logo logo vou estar em casa,

Obrigado a todos.

Abraço

sábado, 29 de janeiro de 2011

11º Dia 1º Ciclo

Bom dia pessoal.

Já são 10:00 da manha e ja estou na metade do Jack Bauer, até agora não tenho setindo maiores efeitos. até agora piorou minhas espinhas no rosto e um pouco de dor de cabeça.

Minhas defesas ja devem estar despecando o que pode dificultar as visitas.

O mais importante é que a cada dia fica mais perto voltar para casa. provavel que seja na quarta.

Obrigado pelos comentarios. leio todos

Atualização 19:05
Pessoal já está quase acabando o jack bauer. até agora tudo bem com excessão das espinhas pipocadas no meu nariz. heheheeh

em breve mais uma etapa vencida. VIVA.!!!

Atualização 21:31

Bem pessoal o jack bauer ACABOU.
foi mais uma etapa desse ciclo vencida. graças a DEUS não senti maiores efeitos colaterais. agora é se preparar pq minhas defesas ja estao na descida de montanha russa.



Abraço a todos.

Utilidade Pública Nº 03

Continuando....

Tratamento Hodgkin

Os passos tomados para se determinar a presença e a extensão do linfoma de Hodgkin são importantes para o diagnóstico e para a avaliação da abordagem terapêutica. O diagnóstico definitivo do linfoma de Hodgkin requer biópsia de um linfonodo envolvido ou de outro local acometido pelo tumor. A avaliação da biópsia denomina-se: anátomo-patológico e após a avaliação do patologista, podemos ter a certeza do diagnóstico da doença.

Para definir a extensão da doença são necessários vários exames que os oncologistas denominam estadiamento. Estes exames definem a localização e a distribuição dos linfonodos aumentados, bem como um possível envolvimento de outros órgãos além dos linfonodos.

O objetivo do tratamento é a cura do paciente. O protocolo utilizado de acordo com o estádio da doença é estudado para que o paciente alcance a cura. A quimioterapia é utilizada em conjunto com a radioterapia.
Radioterapia: a radiação é gerada por aparelhos especiais que produzem raios de alta energia capazes de matar as células tumorais. A proteção dos órgãos não envolvidos, como os pulmões e o fígado, minimiza os efeitos colaterais. Além disso, melhorias contínuas dos dispositivos que geram a radiação permitem focar mais precisamente as áreas a serem tratadas. Ela é geralmente feita em grandes áreas delimitadas, denominada campos. Os campos são definidos de forma que tanto os linfonodos doentes como os vizinhos sejam tratados. Esses campos são denominados “manto” para designar o pescoço e o peito; “abdominal” quando se referem à porção inferior do peito e superior do abdome; e “pélvico” quando se referem à porção inferior do abdome e a virilha.

Quimioterapia: é um conjunto de drogas que são escolhidas e utilizadas para que haja maior destruição das células doentes visando maior índice de cura ao paciente. Como dito anteriormente, o protocolo utilizado depende do estádio da doença.


Tratamento não-Hodgkin

Os tratamentos utilizados no tratamento do linfoma não-Hodgkin são, geralmente, quimioterapia e radioterapia. O paciente poderá ser submetido a um ou outro, ou até mesmo à combinação dos dois tratamentos.

O plano de tratamento definido pelo seu médico dependerá de vários fatores, como seu histórico médico, a localização dos gânglios aumentados, o estadiamento da doença e o seu estado geral de saúde.

Cada organismo responde ao tratamento de forma individual. Por essa razão, algumas vezes o médico irá propor ao paciente o tratamento denominado protocolo, que determina o tipo de tratamento que o paciente irá receber. O diagnóstico com base na biópsia e no estadiamento fornece informações muito importantes para o planejamento do tratamento a ser proposto pelo médico. O tipo específico de linfoma (de células T ou B) e a localização dos linfonodos ou órgãos envolvidos são fatores determinantes para a seleção dos medicamentos e para a duração do tratamento.

O médico e equipe multidisciplinar darão instruções específicas sobre cuidados a serem tomados com o uso da quimioterapia e/ou radioterapia assim como os possíveis efeitos colaterais que poderão surgir durante a terapia.

Objetivos do Tratamento

O objetivo do tratamento é a destruição das células malignas, induzindo à remissão completa, ou seja, o desaparecimento de todas as evidências da doença.

A remissão é atingida na grande maioria dos pacientes, por essa razão é uma doença com altas chances de cura. A quimioterapia é o principal tratamento utilizado para a cura dos pacientes portadores de linfoma não-hodgkin.

Nos linfomas denominados indolentes, isto é, de crescimento muito lento, o tratamento de escolha é para manter a doença controlada por muitos anos, e o paciente pode permanecer com uma boa qualidade de vida.

O período de tratamento pode ser longo, mas a maior parte da terapia é administrada em regimes ambulatoriais: o paciente visita periodicamente o médico e recebe as medicações no ambulatório e retorna para casa e suas atividades rotineiras.

Se houver febre ou outros sintomas de infecção, no entanto, pode ser necessária a hospitalização para administração de antibióticos.

Diferente do linfoma de Hodgkin, a radioterapia é utilizada com menos freqüência como única ou principal terapia para os linfomas não-Hodgkin. Ela pode, no entanto, ser uma forma de tratamento auxiliar muito importante em alguns casos.

Além dos tratamentos citados, a imunoterapia e o transplante de células-tronco hematopoéticas podem também ser opções de tratamento do linfoma não-Hodgkin.

Recidiva

A recidiva (reincidência) do linfoma, meses ou anos após o tratamento, pode ocorrer em alguns pacientes. Nesses casos, um tratamento adicional é freqüentemente bem sucedido no restabelecimento da remissão. Existem tantas drogas e abordagens diferentes para o tratamento do linfoma que o médico possui muitas possibilidades terapêuticas para oferecer ao paciente que mesmo após recidiva pode ser curado. Se a recidiva ocorrer muito tempo após o tratamento, os mesmos quimioterápicos ou agentes similares podem ser efetivos. Em outros casos novas abordagens podem ser utilizadas.

Efeitos Colaterais do Tratamento

Os efeitos colaterais dependem de vários fatores: da intensidade, da combinação e do tipo de quimioterapia, da localização da radioterapia, da idade do paciente e de condições médicas coexistentes (por exemplo, diabetes mellitus e doenças renais).

Os principais efeitos colaterais durante o tratamento são:

1. Diminuição da formação das células do sangue: baixas contagens de células sangüíneas podem ocorrer em pacientes tratados com quimioterapia, levando a anemia, neutropenia (queda dos glóbulos brancos) e plaquetopenia (queda no número de plaquetas que tem como principal função a coagulação do sangue).
Transfusões de sangue e plaquetas podem ser necessárias para esses pacientes. Se a diminuição do número de glóbulos brancos for severa e prolongada, há maior risco de infecção, requerendo tratamento com antibióticos.

Algumas vezes, as doses da quimioterapia ou o intervalo entre os ciclos quimioterápicos precisam ser alterados para permitir que as células sangüíneas do paciente se recuperem dos efeitos do tratamento.

2. Efeitos orais e gastrointestinais: feridas na boca, náusea, vômitos, diarréia, constipação intestinal.

3. Efeitos renais e urológicos: irritação da bexiga e sangue na urina, alteração na função renal.

4. Outros efeitos: fadiga, erupções na pele, perda de cabelo, fraqueza, sensações de formigamento nas mãos e pés e outros efeitos. Esses efeitos dependem do tipo de medicação, da dose utilizada e da suscetibilidade do paciente.

Embora tal quadro pareça desanimador, a maioria dos pacientes apresenta poucos efeitos colaterais sérios. Quando os efeitos colaterais ocorrem, costumam ser de curta duração e desaparecem 2 a 3 dias após a infusão da quimioterapia.

Nos últimos anos, novas drogas aumentaram as possibilidades de controle dos efeitos colaterais como náuseas e vômitos, que podem ser muito desagradáveis para alguns pacientes. Na maioria dos casos os benefícios do tratamento, ou seja, a remissão e a grande possibilidade de cura, compensam os riscos, o desconforto e o incômodo.

Por essa razão converse sempre com seu médico a respeito do tratamento, efeitos colaterais e chances de cura.

Há também na maioria dos serviços que tratam pacientes portadores de câncer, uma equipe multidisciplinar composta de enfermeira, psicóloga, assistente social, nutricionista, que também podem sempre auxiliar o paciente durante seu tratamento.

Os efeitos colaterais após tratamento:

1. Perda da Fertilidade: os pacientes podem ter a fertilidade diminuída após o tratamento. O risco de infertilidade varia de acordo com a natureza do tratamento, dependendo do tipo e quantidade de quimioterapia e da idade. Homens com risco de infertilidade podem considerar a utilização de bancos de esperma. Mulheres que apresentam problemas nos ovários após o tratamento apresentam menopausa precoce e necessitam de terapia de reposição hormonal.

Quando uma criança é gerada após um dos parceiros ou ambos tiverem recebido tratamento contra o câncer, a incidência de aborto e as doenças que os filhos apresentam, inclusive o câncer, são idênticas aquelas geradas de casais que não receberam esse tipo de tratamento.

2. Existe um risco aumentado de câncer secundário em pacientes tratados dos linfomas de Hogdkin e não - Hogdkin. A exposição à quimioterapia tem sido associada com um aumento da incidência da leucemia mielóide aguda.

Aspectos Emocionais

O diagnóstico de linfoma pode provocar uma resposta emocional profunda aos pacientes, membros de sua família e amigos. Negação, depressão, desespero e medo são reações comuns.

O não entendimento do que está acontecendo, o desconhecido, o que acontecerá a seguir, são temas que os pacientes devem discutir a fundo e freqüentemente com suas famílias, médicos e enfermeiras. O estresse emocional pode ser agravado por dificuldades no trabalho, nos negócios ou na interação com a família e os amigos. Explicações abrangentes, abordando perspectivas de remissão e planos de tratamento, podem trazer alívio em termos emocionais, auxiliando o paciente a focar-se no tratamento que tem pela frente e nas perspectivas de recuperação.

Membros da família ou entes queridos podem ter perguntas a respeito da quimioterapia e de métodos alternativos de tratamento. É melhor conversar diretamente com o médico a respeito de todas as dúvidas em relação ao tratamento. Os problemas e reações devem ser discutidos com os profissionais de saúde, que compreendem a complexidade das emoções e as necessidades especiais daqueles que convivem com o linfoma.



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Utilidade Pública Nº 02

Continuando nosso post sobre utilidade pública ....

Hoje vamos falar sobre sintomas, diagnósticos e estadiamento


Sintomas do Linfoma de Hodgkin

O sintoma inicial mais comum do linfoma de Hodgkin é um aumento indolor dos linfonodos no pescoço, porção superior do peito, interior do peito, axilas, abdome ou virilha. O envolvimento de linfonodos em outros locais ocorre com menor freqüência. Outros sintomas incluem febre, suor, principalmente à noite, perda de peso e coceira. É possível que os pacientes sintam dor nos linfonodos após a ingestão de álcool, um achado incomum, porém, característico do linfoma de Hodgkin. Pode também ocorrer um aumento do baço.

O médico, após um histórico e exame físico do paciente, se suspeitar da doença, poderá solicitar alguns exames para confirmar a suspeita desse diagnóstico. Essas técnicas podem revelar linfonodos aumentados no peito, no abdome ou em ambos. Massas tumoriais podem ocorrer fora dos linfonodos nos pulmões, ossos ou outros tecidos.

Sintomas do Linfoma de Não-Hodgkin ( "é o que possuo" ).

Muitos pacientes costumam notar linfonodos aumentados no pescoço, axilas ou virilha. Esse aumento dos linfonodos é menos freqüente próximo às orelhas, cotovelo, na garganta ou próximo às amídalas.

Raramente, a doença pode se iniciar em outro local, como ossos, pulmões ou pele. Nesses casos, os pacientes costumam apresentar sintomas referentes ao envolvimento local, como dor óssea, tosse, dor no peito, erupções ou nódulos na pele.

Os pacientes podem também apresentar sintomas inespecíficos como febre, calafrios, suor exagerado (principalmente à noite), fadiga, perda de apetite ou perda de peso  e durante o exame médico, pode ser percebido o baço aumentado ( "não senti nada disso" ).

Em alguns casos, é possível que a doença seja descoberta somente durante um exame médico “de rotina” ou enquanto o paciente esteja sob tratamento de uma condição não relacionada ( "foi o meu caso" ).

Diagnóstico do Linfoma de Hodgkin

Os passos tomados para se determinar a presença e a extensão do linfoma de Hodgkin são importantes para o diagnóstico e para a avaliação da abordagem terapêutica. O diagnóstico definitivo do linfoma de Hodgkin requer biópsia de um linfonodo envolvido ou de outro local acometido pelo tumor. A avaliação da biópsia denomina-se: anátomo-patológico e após a avaliação do patologista, podemos ter a certeza do diagnóstico da doença.

Para definir a extensão da doença são necessários vários exames que os oncologistas denominam estadiamento. Estes exames definem a localização e a distribuição dos linfonodos aumentados, bem como um possível envolvimento de outros órgãos além dos linfonodos.

Na maioria dos casos, estes procedimentos incluem tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Diagnóstico do Linfoma de Não-Hodgkin

Na maioria das vezes, linfonodos aumentados significam geralmente uma reação a uma infecção e não são sinônimos de câncer. O médico pode suspeitar de linfoma e encontrar linfonodos aumentados durante um exame físico ou um teste de diagnóstico por imagem (por exemplo, raios-X do peito) sem que haja uma explicação para o aumento, como, por exemplo, uma infecção na região.

O diagnóstico deve ser estabelecido através da biópsia de um linfonodo ou de outro órgão envolvido, como osso, pulmão, fígado ou outros tecidos.

Em alguns casos, o diagnóstico pode ser feito a partir de células do linfoma na medula óssea (mielograma), obtidas como parte de uma avaliação diagnóstica inicial.

A biópsia do gânglio geralmente pode ser realizada sob anestesia local. Ocasionalmente uma cirurgia do peito ou do abdome pode ser utilizada para o diagnóstico. A biópsia cirúrgica requer anestesia geral. No entanto, abordagens mais recentes utilizando a laparoscopia permitem que sejam feitas biópsias no interior de cavidades do corpo, sem grandes incisões e manipulações.

Após a biópsia, o tecido é preparado e examinado microscopicamente por um patologista, para que o padrão das anormalidades do tecido e o tipo de células envolvidas sejam analisados e a agressividade do tumor.

O tecido da biópsia deve ser estudado por imunohistoquímica para que se obtenham evidências adicionais do tipo de linfoma, isto é se trata-se de um linfoma do tipo T, B ou NK.

O tecido também pode ser estudado para verificar se anormalidades cromossômicas estão presentes. Esse tipo de exame é conhecido como citogenética.

Esses exames denomidados imunuhistoquímica e citogenética são importantes na identificação do tipo específico de linfoma, auxiliando na escolha do protocolo (grupo de medicamentos) a serem utilizadas no tratamento.

Estadiamento

Se a biópsia determinar o diagnóstico de linfoma, há necessidade de avaliar a extensão da doença, que denominamos estadiamento: radiografia de tórax, ultra-som e tomografia computadorizada do abdome, cintilografia óssea e biópsia da medula óssea realizada sob de anestesia local, com punção no osso bacia, a fim de obter uma alíquota de medula óssea para ser examinado ao microscópio.

As informações reunidas a partir desses estudos permitem que o “estádio” da doença do paciente seja determinado, conforme segue abaixo:

Estádio I – representa o envolvimento de um único grupo de linfonodos.
Estádio II – indica o envolvimento de dois ou três grupos vizinhos de linfonodos, do mesmo lado do diafragma (músculo que divide o tórax e o abdome).
Estádio III – representa o envolvimento de vários grupos de linfonodos acima e abaixo do diafragma (músculo que divide o tórax e o abdome).
Estádio IV – significa que há o envolvimento disseminado para outros órgãos, como pulmões, fígado e ossos.

Os quatro estádios do linfoma de Hodgkin podem ser ainda divididos em categorias “A” e “B”. A categoria “A” indica a ausência de febre, suor exagerado e perda de peso. Pacientes que apresentam esses sintomas pertencem à categoria “B”. Por exemplo, o estádio IIB indica que o paciente possui dois grupos vizinhos de linfonodos atingidos pela doença e apresenta febre, suor exagerado e perda de peso.

A extensão da doença e a presença dos sintomas determinam o tratamento a ser seguido, denominado pelos oncologistas de protocolo. O tratamento da doença envolve quimioterapia e radioterapia, que podem ser mais ou menos extensas de acordo com o estádio da doença.

Fonte: ABRALE ( http://www.abrale.org.br/doencas/linfoma/ )

Campanha SE TOCA



Amanha teremos tratamentos...

Abraço

10º Dia 1º Ciclo

Bom dia.

São 11:00 horas e ainda não começou o jack bauer, mas está tudo bem. parece que vai iniciar as 15:00 horas

Hoje amanheci com uma diarréia, acho que nervosa, estou me pelando de medo desse medicamento.


Daqui a pouco eu coloco a continuação da Utilidade Publica.

Abraço.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Utilidade Pública Nº 01 (Nova sessao no Blog)

Boa Tarde

Nessa sessão vou explicar cada caracteristica da doença e dos mecanismos para o tratamento.

Nessa sessao de hoje será sobre o Linfoma.

O Sistema Linfático

O sistema linfático faz parte da defesa natural do organismo contra infecções. É composto por inúmeros gânglios linfáticos, conectados entre si pelos vasos (canais) linfáticos.
Os gânglios linfáticos estão situados no pescoço, axilas e virilha. Internamente, são encontrados principalmente no tórax (mediastino) e abdome. As amídalas, o fígado e o baço também fazem parte do sistema linfático.
Os vasos linfáticos transportam um fluido claro chamado linfa, que circula pelo corpo e contém células chamadas linfócitos. Essas células atuam como defesa contra infecções. Os gânglios linfáticos funcionam como filtros, retirando da circulação restos de células que passam por eles. Se, por exemplo, você tem dor de garganta, poderá notar que os gânglios do seu pescoço poderão estar aumentados. Isso é um sinal de que seu organismo está combatendo a infecção.
Por motivos ainda desconhecidos, em algum momento os linfócitos agrupados nos gânglios linfáticos começam a multiplicar-se e crescer de forma desordenada. Como resultado dessa desordem, haverá um excesso de produção desse tecido, dando origem a um tipo de câncer denominado linfoma. O linfoma se inicia a partir de linfócitos anormais. Eles podem se espalhar por meio do sistema linfático por muitas áreas do organismo e circular no sangue.


Gânglios Linfáticos

São glândulas do tamanho de um grão de feijão que podem ser encontradas em todo o corpo. Acumulam-se em certas áreas como pescoço, axilas, peito, abdome e virilha.
Linfócitos
São tipos de glóbulos brancos. Acumula-se nos gânglios linfáticos.
Vasos Linfáticos
Conectam os gânglios. Contêm linfa, um fluido que transporta os linfócitos.
Outros órgãos do corpo que integram o sistema linfático
Amídalas
Baço
Medula óssea (a porção interna macia dos ossos)
Intestinos
Pele

O que é Linfoma?

Linfomas são cânceres que se iniciam a partir da transformação de um linfócito no sistema linfático. O prefixo “linfo” indica sua origem a partir da transformação de um linfócito, e o sufixo “oma” é derivado da palavra grega que significa “tumor”. Os linfomas o são resultado de um dano ao DNA de uma célula precursora de um linfócito, isto é, uma célula que irá se transformar em linfócito. Esse dano ao DNA ocorre após o nascimento e representa, portanto, uma doença adquirida e não hereditária. Essa alteração ou mutação do DNA do linfócito gera uma transformação maligna: resulta no crescimento descontrolado e excessivo dos linfócitos, que se multiplicam sem controle. O acúmulo dessas células resulta em massas tumorais inicialmente nos linfonodos (gânglios linfáticos), mas com a evolução da doença pode acometer outras regiões do corpo.
Os linfomas geralmente têm início nos linfonodos (gânglios linfáticos). Por essa razão o linfoma pode se desenvolver em qualquer dos linfonodos contidos e distribuídos nas diversas regiões do corpo: periféricos ou profundos (no tórax e abdome). Em alguns casos, os linfomas podem envolver a medula óssea, bem como outros órgãos tais como sistema nervoso central, testículos, pele, entre outros.

Linfoma de Hodgkin

O termo utilizado para descrever essa doença tem contexto histórico. O linfoma de Hodgkin foi assim chamado devido à descrição de vários casos em 1832 por Thomas Hodgkin, os quais foram reconhecidos como uma nova condição maligna que envolve os linfonodos. Foi aproximadamente 40 anos mais tarde que um novo conceito de linfoma (originalmente denominado linfossarcoma), diferente do linfoma de Hodgkin, foi proposto por Virchow, Conheim e Billroth, três proeminentes médicos do final do século XIX.
Os pacientes com linfoma de Hodgkin, apresentam células características denominadas: células de Reed-Sternberg.
O linfoma de Hodgkin geralmente se dissemina de uma cadeia para outra de maneira ordenada por meio dos vasos linfáticos, chagando aos gânglios linfáticos (conforme mostra a figura acima).

Linfoma não-Hodgkin ( "esse é o que tenho" )

Existem trinta ou mais subtipos de linfomas específicos, mas para simplificar a classificação muitos oncologistas agrupam os vários subtipos de acordo com a velocidade média de crescimento e progressão do linfoma: muito lentamente (baixo grau) ou muito rapidamente (alto grau ou agressivo). Graças ao conhecimento da maneira pela qual os tipos específicos de linfoma progridem, pode-se determinar a possibilidade de progressão lenta ou rápida e os tipos de terapia necessários a esses subtipos.
A classificação dos tipos específicos de linfoma leva em consideração o padrão da biópsia do linfonodo feita ao microscópio e o tipo celular predominante dos linfócitos (T ou B). ( " B é o que tenho " )

Fonte: ABRALE ( http://www.abrale.org.br/doencas/linfoma/ )

Movimento Contra o Linfoma - Se Toca


 
Amanha vamos falar sobre sintomas, diagnósticos e estadiamento

Até o próximo Utilidade Pública.

9º Dia 1º Ciclo

Boa tarde pessoal.

Ontem não senti nenhum problema com a quimioterapia.

Hoje estou me sentindo bem melhor (acho que é pq esta perto de ir para casa) , me alimentei muito bem, mas perdi 2kg desde o dia da internação, se continuar assim vou ficar com o peso que ja desejava. 65 kg. hehehehhe

Amanha tem uma quimio que pelo o que a Drª Bianca falou é o mais pesado do ciclo, a medicação dura por 24 horas (vou apelidar de Jack Bauer)  sem parar.

Obrigado pelas mensagens de apoio, a cada uma que leio me sinto mais forte e mais animado para derrotar esse Linfoma. Continuem comentanto voces não imaginam o bem que me faz ler as mensagens. Muito Obrigado

Um abraço a todos.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

8º Dia 1º Ciclo

Bom dia.

Hoje recomeço as drogas. A tarde tem uma dose de vincristina. Mas pelo que me disseram essa não é das mais pesadas.

Hoje acordei com uma pequena dor de estomago, ja estou tomando medicação para isso e com certeza jaja passa.

Troquei o curativo do acesso central, para um que dura 7 dias. noticia boa que posso banhar mais veses durante o dia sem ter que precisar trocar curativo.

e pra completar estou com uma tendinite na mao direita.

Obrigado a todas as visitas e as palavras de apoio.

Um abração

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

7º Dia 1º Ciclo

Boa tarde pessoal.

Hoje recebi ótimas noticias

Resultado do Hemograma deu normal, ou seja, minhas defesas ainda estão normais.

Resultado da biópsia da medula deu NORMAL. E a Drª Bianca me disse que se tudo continuar indo bem como está, poderá ser possivel reduzir um ciclo no meu tratamento.

Assim me tratamento que seria de 4 meses passaria a ser 3 meses.

Vamos torcer para que isso aconteça realmente.

Obrigado pelas palavras de apoio, elas são de enorme ajuda para enfrentar essa fase.

Um abraço a todos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

6º Dia 1º Ciclo

Bom dia a todos.

Como havia dito ontem, hoje não tem nenhuma droga, vou tentar me alimentar melhor para as proximas doses.

Obrigado pelos comentarios no blog e pelas visitas de ontem.

Um Abraço a todos.

domingo, 23 de janeiro de 2011

5º Dia 1º Ciclo

Bom dia Pessoal.

Acho que hoje me sinto um pouco melhor.

Estou adorando os comentarios e eles estão me dando cada vez mais força pra enfrentar essa batalha.

Todos os dias eu tento uma nova estrategia para não me deixar chatear.

Hoje será a ultima dose do ciclofosfamida, ai entao tenho um tregua de dois dias sem drogas.

Espero que nesses dois dias sem drogas eu consiga me alimentar melhor.

Um abraço a todos.

sábado, 22 de janeiro de 2011

4º Dia do 1º Ciclo

Sempre pela manha acordo mais chateado, deve ser pela sensação de ter um o dia inteiro pela frente.

Estou me condicionando a pensar menos nisso é um pouco dificil mais vou conseguir.

Agradeço aos comentarios deixados por Lalu, Cintia e Karina. Ler cada comentario só me dá mais forças para enfrentar o ciclo.

Ontem tive noticias otimas, tanto relacionadas ao meu tratamento quanto as pessoas que amo.

Meus exames de Mielograma e os dois de Líquor deram NORMAIS.

Minha irma Cintia foi aprovada para o Doutorado

E minha noiva Camilla conseguiu a tão sonhada transferencia para teresina. vai ficar mais perto de mim agora.

Hoje tem mais uma dose de clicofosfamida.

Um abraço a todos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

3º Dia do 1º Ciclo

Hoje cedo voltei ao centro cirurgico para uma Quimio intrathecal (Na Espinha) e a noite outra dose de ciclofosfamida.

Hoje estou mais chateado, fico pensando em quanto tempo ainda falta (melhor tentar não pensar nisso), não dá pra manter o mesmo ânimo todos os dias.

Li uma frase animadora hoje
"Temos que viver a vida e não o câncer"

Um abraço a todos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

INICIO ATRASADO

Calma, não é o inicio do tratamento e sim o inicio do blog.

O tratamento teve inicio super rapido. o plano autorizou rapido e comecei o tratamento na metade do tempo previsto.

Mas para que todos entendam o que aconteceu, vou explicar direitinho desde o inicio.

27/12/2010
Nesse dia tudo começou. Acordei bem, fui trabalhar e até o meio dia tudo normal.
Após o almoço comecei a sentir dor de barriga no lado direito, achei que fosse normal afinal tinha acabado de passar o natal e nessa epoca sempre exageramos na comida e na bebida. hehehehe.

A noite veio o susto. quando fui ao banheiro o vaso estava cheio de sangue. Putz. Agora vi que era serio.

Então direto para a emergencia do hospital.
Lá foi feito exames, hemograma e RX. RX normal e Hemograma indicando uma infecção.
Minha conclusão: Comi besteira e logo vou ficar bom.

28/12/2010
Nesse dia meu pai insistiu para eu investigar melhor. fazer um Ultra-Som Abdminal.
Lá vai eu fazer tal exame. Resultado não foi conclusivo. Proximo exame TC do Abdome.
1 Litro de uma agua misturada com contraste. COISA DO GOSTO RUIM. Imaginem tomar um litro de dipirona gotas.
Fiz a TC e o resultado ainda não conclusivo mostrou uma massa que no colon ascedente e que estava obstruindo o intestino. Proximo exame Colonoscopia com Biopsia.

29/12/2010
O dia mais puxado. Passei a madrugrada bebendo uma gororoba laxante para o exame. RUIM PRA CARAMBA TAMBEM. Tive uma manha de Rei. não sai do trono.
às 10:00 hs exame de colonoscopia, esse ainda bem que é sedado.

Primeira notícia ruim.
Vou ter que fazer cirurgia para retirar o tumor. pois a obstrução estava aumentando. Cirurgia marcada para as 15:00 hs, e do mesmo dia.

Às 16:00 hs ja estava no centro cirurgico. A cirurgia acabou lá pelas 19:00 Hs. Correu tudo muito bem.
Senti muitas dores no pós-operatorio, afinal cirurgia grande e bem invasiva. Passei 5 dias no hospital e no domigo a noite ja estava em casa. UFA.

Agora era esperar pelos resultado da biopsia. QUE VENHA O RESULTADO!.

PS 1: Todos os exames foram feitos no hospital que trabalho. Hospital São Marcos.
Esse fato ajudou a acelerar os eventos. Mas gostaria de agradecer a todos que estiveram comigo nesses dias. Especialmente a Minha Familia, Minha Noiva (Camilla), Dr. Padua Filho, Irma David, Colegas do CPD, Arisdete, Dr Alcenor, Dr David Carvalho (Cirurgiao), Dr. Eliane (Anestesísta), Pessoal do Centro Cirurgico e Equipe de Enfermagem pela paciência e cuidados.

PS 2: Meu reveilon foi no Hospital. Ninguem merece assistir o show da virada com Faustão. Resultado fui dormir as 23:00 hs

04/01/2010
Saiu o resultado da biopsia. SUSTO. Linfoma não hodkin de pequenas celulas B.
Não entendi nada. mas com esse nome comprido fiquei assustado.
Meus pais e minhas irmas me explicaram.
PUTZ. fiquei arrasado, mas depois fui ficando mais NORMAL, afinal quanto melhor ficar a cabeça mais eficaz é o tratamento.

Próximos exames:
Hemograma, Sorologias, Imunohistoquimico da peça do tumor e outros exames relacionados com sangue.
Previsão para os resultados uma semana.

05/01/2011
1º Consulta com o Hematologista:
Drª Daniela Bianca. Super atenciosa e delicada. Passou um ecocardiograma e outros exames de sangue.
Me orientou a voltar depois que sair o imunohistoquimico e os resultados dos outros exames.

13/01/2011
Saiu o resultado do imunohistoquimico.
RESULTADO: Linfoma de Burkitt
O que é: É um tipo de linfoma agressivo no crescimento mas em compensação é de baixo risco e responde muito bem ai tratamento quimioterápico, indice de cura de 97%. Otima noticia.

14/01/2011
Voltei na Médica ela me explicou como pode ser o tratamento. Fiquei Chateado porque o tratamento da quimio tem que ser internado, em média de 10 a 15 dias de internação.
A Drª me orientou para procurar um cirurgiao oncologico para solicitar e marcar a colocação de um cateter totalmente implatado.
Nesse mesmo dia procurei o Dr Fidelis para solicitar o procedimento de instalação.
Consegui autorizar tudo nesse dia, fazer o eco e ainda marcar a congelação de semem, caso a quimio danifique a produção de semem e me atrapalhe no futuro quando quiser ter filhos.

15/01/2011
Pela manha fui fazer a coleta do semem. Situação meio constrangedora apesar de ser numa sala bem privativa, mas mesmo assim me deixou inibido, no fim deu certo. tarefa cumprida e o dia ja estava encerrado.

17/01/2011
Cheguei cedo ao hospital para colocar o cateter, mas infelizmente não deu certo pois o médico estava com a agenda no centro cirurgico cheia e nao daria tempo para hoje.

No inicio fiquei chateado, mas no fim foi ate bom pois resolvi umas pendencias.
Ficou marcado para o dia seguinte.

18/01/2011
Hoje sim vou implantar o cateter.
Foi super tranquilo anestesia local e sedação, não vi nada quando acordei ja estava tudo implantado.

Senti apenas dores no local e no ombro, acho que pelo posição na hora da implantação.

Noticia Ruim: Vou ficar internado por 15 dias.

PS: Agradecimentos ao Dr Fidelis ( Cirurgiao), Giuliano (Anestesista), Minha Irma que acompanhou o procedimento e novamente a equipe que do Centro Cirurgico.

Nesse dia ja fiquei logo internado para o inicio da quimioterapia.

Amanha os temidos Mielograma e Biópsia de Medula.

19/01/2011
Logo no Inicio do dia recebo uma notícia boa. O plano ja havia autorizado a quimio e uma TC do abdome.
Provavelmente Incio a Quimio Hoje.

Chegou a hora do Mielograma e da Biopsia da Medula.
OLHA. ESSES PROCEDIMENTOS SÃO DE LONGE OS QUE MAIS DOERAM DE TUDO QUE FIZ NA VIDA. Mesmo com anestesia local.

Para quem for fazer, se prepare. VAI DOER.

Noticia Ruim:
A biopsia da medula não deu certo, por minha culpa fiquei muito tenso e pedacinho de osso ficava preso no musculo na hora de sair.



Iniciei a qt a tarde com uma dose na medula (Espinha) e a noite com as outras drogas ao todo no dia 4 drogas.

20/01/2011 (Hoje)
Essa madrugada foi ruim. tive diarreia e acordei muitas vezes na noite, pela manha tive muito enjoo, vomitei uma vez. Tive uma surpresa ruim, tive que fazer novamente a biopsia de medula. OUTRA DOR. Mas dessa vez deu certo. Ainda bem.

Bem esse foi um resumo de tudo que me aconteceu esses dias.
Espero que esse blog ajude pessoas que venham a ter o mesmo problema.

Hoje a noite recebo outra dose de quimio, dessa vez apena uma droga.

Um abraço a todos e até a próxima.